Viver em uma economia dinâmica pode implicar em enfrentar desafios financeiros, o que pode se traduzir em dívidas acumuladas para muitos.
A Lei do Superendividamento (Lei nº 14.181/21) é uma lei brasileira que estabelece mecanismos de proteção para consumidores
que se encontram em situação de superendividamento. A lei define superendividamento como a impossibilidade de o consumidor,
pessoa natural, de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis e vincendas, sem comprometer seu mínimo existencial.
A lei estabelece uma série de mecanismos para ajudar os consumidores superendividados a sair dessa situação, como:
● Suspensão de cobranças: As cobranças de dívidas de consumidores superendividados podem ser suspensas por até 180 dias, podendo ser
prorrogadas por mais 90 dias;
● Descontos: Os credores podem conceder descontos para consumidores superendividados;
● Renegociação de dívidas em juízo: O consumidor pode solicitar ao juiz a aprovação de um plano de pagamento de suas dívidas. Esse plano
deve ser aprovado pela maioria dos credores, sob pena de ser considerado ineficaz.
Requisitos para a renegociação de dívidas em juízo
Para iniciar uma ação de renegociação de dívidas em juízo, o consumidor deve cumprir os seguintes requisitos:
● Estar com as dívidas atrasadas há mais de 30 dias;
● Não ter sido condenado por falência fraudulenta ou culposa nos últimos 5 anos;
● Não ter sido beneficiado por outro plano de recuperação judicial ou extrajudicial nos últimos 5 anos;
● Não ter sido condenado por crime contra a economia popular, a ordem econômica ou a economia popular.
Importância de uma assessoria jurídica especializada
A importância do auxílio jurídico no processo de superendividamento é fundamental, pois o advogado especializado poderá:
● Orientar o consumidor sobre seus direitos e obrigações;
● Elaborar o plano de renegociação de dívidas;
● Representar o consumidor nas audiências com os credores;
● Proteger o consumidor contra práticas abusivas;
● Negociar com os credores para obter as melhores condições de pagamento.
Portanto, o auxílio jurídico é uma ferramenta essencial para que o consumidor superendividado obtenha sucesso na renegociação das dívidas.
Dívidas não contempladas pela Lei do Superendividamento
A Lei do Superendividamento não se aplica às seguintes dívidas:
● Dívidas de natureza alimentar, como pensão alimentícia, alimentos gravídicos ou indenizações por danos morais;
● Dívidas de natureza tributária, como IPTU, IPVA ou ICMS;
● Dívidas de natureza trabalhista, como verbas rescisórias ou indenizações por acidente de trabalho;
● Dívidas de natureza previdenciária, como contribuições para o INSS ou FGTS;
● Dívidas decorrentes de atividades ilícitas, como dívidas de jogo ou drogas.
Posso utilizar a Lei do Superendividamento na minha empresa?
A resposta é não. As empresas que estão em situação de insolvência devem buscar a recuperação judicial ou extrajudicial. É importante contar
com a assessoria de um advogado especializado para escolher a melhor opção para a sua empresa.
A Lei do Superendividamento se torna uma oportunidade para que pessoas superendividadas saiam dessa situação. No entanto, é indispensável
contar com a assessoria de um advogado especializado para aumentar as chances de sucesso na renegociação das dívidas
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